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Novo modelo de gestão do departamento jurídico



Adaptar-se rapidamente às mudanças.  Entre os novos desafios para o advogado corporativo, acompanhar a evolução tecnológica e satisfazer o cliente interno e externo vão além de como trabalhar bem em equipe. Para Lara Selem, advogada, escritora e consultora especialista em Gestão de Serviços Jurídicos, Sociedades de Advogados e Planejamento Estratégico, é necessário desenvolver a mentalidade estratégica. “Para um novo modelo de gestão do departamento jurídico, o profissional precisa ser conhecedor do negócio, do setor e da cultura empresarial. É dele a aposta em promover e facilitar a solução jurídica, além da operação especificamente no core business (núcleo do negócio)”.

Hoje, os negócios devem ser conduzidos para perenizar a organização. Lara explica que um Departamento Jurídico passa a ser sustentável quando, numa visão de longo prazo, desenvolve seu propósito profundo e gera resultados positivos para a Companhia sem causar impactos negativos à equipe, clientes internos e externos, escritórios, parceiros, governo, mercado, meio ambiente, comunidade e stakeholders (público estratégico).


Atuação

Seguindo linhas complementares do Jurídico, três pontos definem novos modelos de atuação: na Gestão Interna, em Clientes Externos e nos Escritórios Externos. No primeiro, o profissional irá tratar de tudo que envolve “pessoas”, partindo da equipe jurídica, staff, paralegais e estagiários. Entram então os “sistemas”, pelo controle processual, a comunicação interna e até envolvem a inteligência artificial. A chamada “produção” também será destaque com os fluxos de trabalho, padronização, controles e metas. Por fim, chegam os “indicadores”, com relatórios processuais, relatório consultivo, performance (financeira) e rankings.


Em Clientes Externos, Lara analisa que o papel do Jurídico é a Integração, distribuição de responsabilidades, compreensão de prerrogativas, fluxo de informações, aperfeiçoamento da interação e Compliance. “Já nos escritórios externos, é o momento da inovação em serviços e tecnologia. Da logística jurídica maior que serviço jurídico e do alinhamento aos objetivos corporativos e conhecimento do negócio e cultura. Do olhar atendo sobre a disponibilidade dos sócios e senioridade da equipe e definição dos papéis como agilidade, pró-atividade e combatividade”.


Nas relações externas, estão ainda presentes a interlocução transparente e leal (“não vender ilusões”), reuniões presenciais ou virtuais, específicas ou regulares. Aqui também entram as metas de performance e produtividade, assim como tabelas de honorários flexíveis e racionalização de custeio. “Vale o reforço sobre os sistemas integrados via web, customização e consistência em provisões, relatórios gerenciais específicos, lançamento de horas etc.”, diz Lara.


Anos 80

•Legalista

•Burocrático

•Contencioso

•Contratos

•Societário

•Sem foco em resultados

•Estruturas pesadas


Anos 90

•Terceirização

•Enxugamento

•Informatização

•Privatizações

•Questões Regulatórias

•Globalização


Anos 2000

•Função consultiva

•Função estratégica

•Gestão do Risco

•Parcerias externas

•Contencioso de volume

•Questões de alta especialização


Ano 2015

•Mediação e Conciliação

•Ampliação do quadro interno

•Tecnologia aplicada

•Externos especializados em

volume

•Governança Corporativa

•Compliance


Pós 2020

 •Inteligência Artificial

•Advocacia exponencial

•Otimização do quadro de

advogados internos e externos

•Redução do volume

•Business Partner


 

(Fonte: SB na Frente - Alessandro Manfredini)

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